21/05/2013

Dia confuso.


Achando algo para fazer em um dia confuso, achei este post que nunca foi publicado.
Sabe quando você se procura e tenta se encontrar no passado? Ouvi muitas histórias como a minha, de mulheres que se perderam nessas adaptações todas. Eu gosto da nova Érica: disposta, organizada, que aprende inglês, malha, limpa a casa... Mas gostava da Érica que tinha tempo para ler o que queria, sem achar que está perdendo tempo, ou sem acharem que ela perde tempo. Tenho saudade do tempo que ouvia as músicas que ouço agora sem achar que são do mal. Como eu me cobro! E isso dói. Literalmente dói. E sinto essa dor agora. A dor do salto de ontem, a dor das costas de sentar errado na cama, a dor de não pensar em mim, pensar nos outros. Ou a dor de não me achar suficiente e buscar recursos para sê-lo.
Ontem pensei que me sentia feliz, aí olhei pro lado e sentia isso sozinha. Que eu era transparente para quem era meu tudo. Aí a felicidade se foi  com a mesma velocidade que veio. Quando a felicidade saiu, apareci! É difícil separar as coisas. Só eu sentia, ou somente senti a solidão porque queria que fosse na mesma hora?

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